Os atiradores de elite do Exército que farão a segurança da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, usarão equipamentos de última geração. Segundo o coordenador de segurança da conferência, general Adriano Pereira Júnior, as lunetas dos fuzis usados pelos atiradores estarão conectadas a monitores de vídeo na central de coordenação da segurança, no centro da cidade.
“Eu poderei ver, a partir da minha sala, a mesma imagem que o atirador estará vendo em sua luneta. Então, eu poderei autorizar ou não o tiro”, disse o general, durante a cerimônia de hasteamento da bandeira das Nações Unidas no Riocentro, onde ocorrerá a reunião de cúpula dos chefes de Estado e Governo, na Rio+20.
Os atiradores de elite, da Brigada de Forças Especiais do Exército, serão um dos instrumentos do governo brasileiro para garantir a segurança dos participantes da Rio+20, cujos eventos oficiais ocorrerão entre os dias 13 e 22 deste mês.
De acordo com o general, a segurança interna do Riocentro ficará sob responsabilidade da polícia da Organização das Nações Unidas (ONU), mas o Exército apoiará com um efetivo de 800 a mil homens dentro desse espaço. No entorno do centro de convenções, serão cerca de mais mil homens.
O esquema se iniciou hoje, mas, até o dia 13, deverá ficar restrito ao Riocentro e ao seu entorno. A partir do início das atividades da Rio+20, haverá uma intensificação do patrulhamento nas ruas da cidade. O período mais crítico será de 20 a 22, quando ocorrerá a reunião de cúpula, com a participação de mais de 100 chefes de Estado e de Governo.
O general Adriano não descartou o risco de atentados terroristas durante o evento, mas disse que a possibilidade é muito pequena. As ações de contraterrorismo também ficarão a cargo da Brigada de Forças Especiais do Exército.