Esta terça-feira (5) está sendo marcada por manifestações na região central de Brasília que acontecem desde o início da manhã. Na Esplanada dos Ministérios, em frente ao Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), integrantes do Movimento Camponês Popular (MCP) continuam acampados, reivindicando melhorias nas condições de trabalho no campo.
Paralelamente, funcionários públicos de diversos estados brasileiros realizam a Marcha Unificada dos Servidores Públicos Federais. Não há sinais de alteração no ritmo do trânsito por causa das manifestações.
O acampamento dos agricultores familiares foi instalado em frente ao ministério desde a madrugada de ontem (4). Segundo a coordenação do MCP, cerca de 3 mil pessoas ocupam as barracas montadas no local. A estimativa da Polícia Militar é que participam do movimento, aproximadamente, 400 pessoas.
Ontem (4), foram realizadas audiências no Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e no Ministério da Previdência Social (MPS), além de atos públicos.
De acordo com o coordenador do MCP, Altacir Bunde, o movimento já alcançou alguns avanços, porém, restam discussões importantes com setores do governo. “Reconhecemos algumas respostas positivas, como o comprometimento do Ministério da Previdência Social em produzir material explicativo para as famílias terem acesso aos direitos de seguridade. Hoje, esperamos avançar ainda mais”, disse.
De outro lado, os integrantes da Marcha Unificada dos Servidores Públicos Federais, reivindicam o reajuste de 22,08% (referente à inflação e variação do PIB desde 2010), em conjunto com uma política salarial permanente que inclua reposição inflacionária, valorização do salário-base e incorporação das gratificações.
Os sindicalistas querem também a implementação de negociação coletiva no setor público, com definição de data-base e o atendimento, por parte do governo, dos acordos firmados e não cumpridos.
Às 15h, será realizada uma plenária na Esplanada dos Ministérios para votar a greve geral do funcionalismo federal, proposta para acontecer ainda no mês de junho. A principal demanda é a reestruturação das diversas carreiras.