Apesar de garantir que não faltará energia elétrica durante os Jogos Olímpicos de 2016, o presidente da Autoridade Pública Olímpica (APO), Márcio Fortes, admitiu que ainda há indefinições sobre o fornecimento de energia elétrica na Barra da Tijuca, zona oeste, que concentra a maioria das instalações do evento, como o Parque Olímpico.
“As preocupações estão centradas na questão do fornecimento de energia para o Parque Olímpico da Barra. A Light [concessionária de energia elétrica] está estudando a matéria, pois não há necessidade de apenas uma linha, é preciso também uma alternativa, uma redundância, para uma eventual falha com a segunda linha disponível”, explicou o ministro. Ele ressaltou que ainda falta decidir se os custos do fornecimento para suprir eventuais emergências virão da iniciativa privada ou pelo governo.
Fortes participou hoje (28) do workshop sobre Planejamento do Setor de Energia para os Jogos Olímpicos de 2016, com palestras sobre a experiência de Londres na preparação das Olimpíadas. “Energia não falta, temos termoelétricas, energia elétrica e nuclear. Estamos decidindo agora é como fazer chegar essa linha de força até os locais de competição. É preciso criar mais uma linha e também uma subestação”.
Outro ponto a ser definido, segundo o presidente da APO, é a quantidade de energia que será necessária para os jogos e o que deverá atender às instalações permanentes. A três anos das Olimpíadas, Fortes disse que ainda há tempo de definir os responsáveis pelos custos, planejar e implementar as obras de infraestrutura que possibilitarão o fornecimento de energia. Ele garantiu que tudo está dentro do prazo.
“Está tudo no momento certo. Já foi solicitado à Light um projeto para as Olimpíadas, uma decisão recente, e na quinta-feira [dia 31] vou me reunir em Brasília com o secretário nacional de Energia Elétrica para definir justamente sobre esses aspectos: como levar energia elétrica, o que será necessário de kVA [medida de potência elétrica], de redundância e subestações”.
A Autoridade Pública Olímpica é um consórcio público interfederativo formado pelo governo federal, do estado e prefeitura do Rio de Janeiro. Sua função é coordenar as ações governamentais para o planejamento e entrega das obras e dos serviços necessários à realização dos Jogos.
O ministro explicou que existe um grupo de trabalho dedicado exclusivamente ao tema, envolvendo as empresas do setor, como a distribuidora Light; o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), responsável pelo sistema integrado; e Furnas, responsável pela transmissão da energia.
Além da Barra da Tijuca, as competições também vão ocorrer no Estádio Jornalista Mário Filho, o Maracanã, zona norte; em Deodoro, zona norte; Engenho de Dentro, zona norte, e partes da zona sul.