Um tribunal da Costa Rica iniciou nesta segunda-feira (23) o julgamento de três guarda-costas da modelo brasileira Gisele Bündchen pelo crime de tentativa de homicídio ao disparar contra o veículo de dois fotógrafos em 2009.
No julgamento, que acontece no Tribunal Penal de Puntarenas, estão acusados dois costarriquenhos de sobrenomes Solís e Valverde e um colombiano de sobrenome Rivas, que hoje se reservaram ao direito de permanecer calados.
O fotógrafo salvadorenho Yuri Cortez, um dos litigantes, explicou à Agência Efe que na audiência de hoje prestou seu depoimento perante os juízes, na qual narrou os fatos ocorridos em abril de 2009 perto da casa de Gisele e seu marido, Tom Brady, em Santa Teresa de Cóbano, província de Puntarenas.
Nessa data, Cortez, fotógrafo da agência francesa “AFP”, e Rolando Avilés, fotógrafo naquela época do jornal costarriquenho “Al Día”, fotografaram de longe o casamento de Gisele e Brady, uma das grandes estrelas da liga de futebol americano dos Estados Unidos.
Os fotógrafos afirmam que foram abordados na rua pelos seguranças do casal para exigir a entrega do material fotográfico, registrado a partir de uma propriedade vizinha a da modelo.
Após resistirem, os fotógrafos, que não entregaram o material, subiram em um carro alugado e quando se afastavam da área um dos guarda-costas disparou. A bala quebrou o vidro traseiro do veículo e quase feriu Córtez, segundo testemunho da vítima.
Cortez, que atualmente trabalha para a “AFP” no México, explicou que, por outras obrigações dos juízes, o julgamento foi suspenso e será retomado na próxima sexta-feira com a declaração de Avilés e outra testemunha.
Além da acusação penal, os fotógrafos interpuseram uma denúncia para buscar uma indenização econômica, cujo montante deverá ser definida pelo tribunal.
Cortez e Avilés apresentaram há alguns anos uma ação civil contra Gisele e Brady por “negligência na hora de contratar pessoal”, mas uma juíza recusou o caso porque o casal mudou de endereço.