O desembargador José Renato Nalini, tomou posse ontem, 2, na presidência do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) com o objetivo de fazer um levantamento dos processos de corrupção. Com isso, ele pretende melhorar o aproveitamento da corte paulista na meta estipulada pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça) para combater este tipo de delito.
O TJ-SP atingiu apenas 54% da chamada meta 18, que determinava que todos os processos de improbidade administrativa e de crimes contra a administração pública que entraram na Justiça até dezembro de 2011 deviam ser julgados até 2013.
“Os processos de improbidade e de crimes contra a administração pública estão disseminados em primeiro e segundo grau, em 327 comarcas. Então primeiro a gente precisa ter um levantamento. Depois verificar se justificaria dar um tratamento diferenciado, já que é uma meta do CNJ. O enfrentamento é depois de ter uma noção exata de onde estão esses processos”, disse o presidente.
O mandato de Nalini, que foi eleito no dia 4 de dezembro para presidência do TJ paulista pelos próximos dois anos, representa uma aproximação da corte de São Paulo com o CNJ, conforme destaca o próprio presidente.
“O nosso relacionamento com o CNJ, como corregedor-geral, cargo ocupado por Nalini em 2012 e 2013, foi excelente. Então eu acho que vai continuar assim com a presidência. Basta dizer que a primeira vez que o ministro Joaquim Barbosa veio ao Tribunal de Justiça de São Paulo foi depois da minha eleição. Isso é testemunho de que o conselho e nós vamos estar afinados”, afirmou.
Nalini prometeu se empenhar para conseguir mais recursos para o Judiciário. “O orçamento, embora bilionário, é insuficiente. A estrutura é gigantesca, então precisaria fazer valer a autonomia financeira e administrativa do tribunal.