O Tribunal do Júri de Niterói condenou ontem (14) os dois últimos policiais militares acusados de participar do assassinato da juíza Patrícia Lourival Acioli, em 2011. Sammy dos Santos Quintanilha recebeu pena de 25 anos de reclusão em regime fechado pelos crimes de homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, emboscada e para assegurar impunidade de outros crimes) e formação de quadrilha.
Handerson Lents Henriques da Silva recebeu a menor pena entre os 11 policiais denunciados pelo assassinato: quatro anos e seis meses, em regime semiaberto. Ele foi condenado apenas por violação de sigilo funcional, já que confessou ter fornecido o endereço de Patricia Acioli para os colegas executarem o crime.
A Justiça também determinou que ambos sejam expulsos da Polícia Militar. Antes deles, nove policiais já haviam sido condenados pelo assassinato: o ex-comandante do Batalhão de São Gonçalo tenente-coronel Claudio Luiz Silva de Oliveira, condenado a 36 anos; o tenente Daniel dos Santos Benitez Lopez, a 36 anos; Jefferson de Araujo Miranda, a 26 anos; Jovanis Falcão, a 25 anos e seis meses; Charles Azevedo Tavares e Alex Ribeiro Pereira, a 25 anos; Junior Cezar de Medeiros, a 22 anos e seis meses; Sérgio Costa Júnior foi condenado a 21 anos; e Carlos Adílio Maciel dos Santos, a 19 anos e seis meses.
Patrícia Acioli foi morta a tiros quando chegava em casa, em Niterói, depois de deixar o trabalho na Vara Criminal de São Gonçalo. A magistrada era considerada linha-dura no julgamento de crimes cometidos por policiais militares. Sua morte seria uma vingança tramada pelo grupo de PMs, devido às condenações de colegas.