O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) realizou ontem, 27, à tarde, a quarta reunião do ano, para discutir a taxa de juros, em meio à expectativa do mercado financeiro de manutenção da taxa básica de juros, a Selic, no atual patamar (11% ao ano). Hoje,28, no segundo dia da reunião, o comitê anuncia a decisão sobre a taxa básica.
No primeiro dia das reuniões do Copom, os chefes de departamento apresentaram uma análise da conjuntura doméstica, com dados sobre a inflação, o nível de atividade econômica, as finanças públicas, a economia internacional, o câmbio, as reservas internacionais, o mercado monetário, entre outros assuntos.
Hoje, no segundo dia, participam da reunião os diretores e o presidente do BC. O chefe do Departamento de Estudos e Pesquisas também participa, mas sem direito a voto. Após análise da perspectiva para a inflação e das alternativas para definir a Selic, os diretores e o presidente definem a taxa. Assim que a Selic é definida, o resultado é divulgado à imprensa.
Para a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), há poucas dúvidas sobre a decisão do BC. “Os números recentes da inflação, confirmando uma redução na pressão dos produtos agrícolas, e a manutenção da atividade em ritmo lento levaram o mercado a um forte consenso em torno da permanência da taxa Selic em 11% ao ano”, destaca a instituição, no Informativo Semanal de Economia Bancária.
A federação acrescenta que o Copom “vai ratificar o fim deste ciclo de alta e reiterar o discurso recente de seus dirigentes, de que agora vai observar os efeitos da alta recente da Selic nos preços para só então definir os seus próximos passos”. A Selic passou por nove altas seguidas até a reunião do mês passado.