Pela segunda vez no governo Dilma Rousseff, a economia brasileira sofre uma freada geral, que engloba serviços, indústria, consumo e investimentos.

Como reflexo do pessimismo espalhado entre famílias e empresários, os principais motores da oferta e da demanda pararam juntos no início deste ano.
O consumo da família e o investimento das empresas encolheram, assim como a indústria. O setor de serviços, o mais estável da economia, mostrou avanço de apenas 0,4%.
A última combinação tão ruim de resultados havia acontecido no terceiro trimestre de 2011, depois que, no início do mandato, Dilma tentou conter a escalada do consumo e dos preços herdada de Lula.
Naquele período, a freada econômica assustou a administração petista, que abandonou as metas de inflação e passou a reduzir juros, elevar gastos e intervir mais agressivamente nos negócios privados.
A estratégia, que não conseguiu acelerar o crescimento do Produto Interno Bruto, acelerou a alta dos preços, forçando sucessivas altas do juro entre abril de 2013 e abril deste ano.
O ciclo de aperto monetário derrubou o ânimo de consumidores e investidores – como mostram os dados divulgados ontem – sem reduzir a inflação.
Como saldo do governo, os investimentos e a indústria, termômetros do dinamismo econômico, perderam participação no PIB. O consumo acumula avanço, mas é atendido pelo aumento das importações.