Funcionários, estudantes e professores da USP fazem uma manifestação na manhã desta quinta-feira (26) pedindo a libertação do estudante Fábio Hideki Arano, preso em um protesto em São Paulo na segunda-feira (23). Eles bloqueavam a entrada da Cidade Universitária localizada na Avenida Afrânio Peixoto, perto da Rua Alvarenga, no Butantã, por volta das 7h15.

Essa é um dos pontos levantados pelos funcionários, alunos e professores da universidade, que estão em greve desde o final de maio.

Líderes do sindicato falavam em um carro de som por volta das 8h30. Cerca de 100 pessoas participavam do protesto em frente à portaria principal da USP.

Os funcionários da USP não são os únicos a pedir a libertação do estudante. A Defensoria Pública de São Paulo entrou com um pedido de liberdade provisória para Fábio e o professor de inglês e assistente de help desk Rafael Marques Lusvarghi, de 29 anos, detidos em flagrante durante ato em São Paulo contra gastos públicos na Copa do Mundo.

Segundo a Defensoria, “não estão previstos requisitos que justificam a prisão” e, por isso, o órgão pediu que os acusados acompanhem o processo em liberdade. O pedido foi despachado com requisição para vistas do Ministério Público, que deve se manifestar a respeito antes da decisão final de um juiz.

O estudante Fabio Hideki Arano, um dos presos no protesto de 12 de junho (Foto: Reprodução/TV Globo)O estudante Fabio Hideki Arano, um dos presos
no protesto de 12 de junho
(Foto: Reprodução/TV Globo)

Na segunda-feira, Tatiana Lusso, que se apresentou como advogada de Rafael, negou que seu cliente seja “black block”. Nesta terça-feira, o advogado Renato Pincovai, que defende Fabio, também apresentou a mesma negativa. “Ele é ativista. Teria se formado em jornalismo pela USP e agora é auxiliar de laboratório do Hospital Universitário.”

Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria da Segurança Pública (SSP), Rafael e Fábio foram indiciados por associação criminosa, porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, incitação à violência, resistência e desobediência. De acordo com a pasta, esses crimes não prevêm pagamento de fiança para responder em liberdade. Por isso, eles continuam detidos.

Manifestação na USP nesta quinta. (Foto: Vanessa Fajardo/G1)Manifestação na USP nesta quinta. (Foto: Vanessa Fajardo/G1)