“Segurar” o valor do óleo diesel por seis meses e prorrogar por 12 meses os financiamentos de caminhões pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Essas são duas das principais propostas apresentadas pelo governo federal nesta quarta-feira (25) durante reunião em Brasília com líderes dos caminhoneiros. O governo também se comprometeu a sancionar na íntegra o projeto de lei, aprovado dia 11 de fevereiro na Câmara dos Deputados, que altera a Lei 12.619, a Lei do Descanso. Além de permitir aos caminhoneiros trabalharem mais horas por dia, o projeto isenta do pagamento de tarifa os eixos suspensos, quando o caminhão passa vazio pelas praças de pedágio.
O governo ainda prometeu uma negociação conjunta entre caminhoneiros e empresários para que seja estabelecida uma tabela referencial de frete. De acordo com o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto, essa discussão poderá ser feita por meio da instalação imediata de uma mesa de negociação permanente para discutir a tabela do frete e outros assuntos.
“Estamos informando [o movimento sobre a proposta], divulgando, vamos aguardar essas manifestações, a suspensão do movimento. Estamos confiantes, pela qualidade e pelo esforço do governo, numa resposta positiva”, avaliou Rossetto. O ministro acredita que, após diversas reuniões desta quarta-feira (25), foi possível compor uma proposta que reflete “grande parte” das expectativas dos caminhoneiros. “Estamos seguros de que (a proposta) tem base forte positiva para que possamos sair dessa situação que estamos vivendo, recuperar o ambiente de normalidade e preservarmos toda uma agenda”.
Como exemplo, Rossetto citou as Lei dos Caminhoneiros, que altera a regulamentação da profissão e foi aprovada há duas semanas pelo Congresso, que vai ser sancionada integralmente pela presidente Dilma. “Um dos temas importantes que está na lei é que os caminhões que trafegam vazios, estarão suspensos do pagamento de pedágio por eixo suspenso”. O ministro afirmou que essa e as demais propostas, serão mantidas “desde que haja a suspensão das manifestações”.
DA REDAÇÃO / Revista Carga Pesada/Com informações da Agência Brasil
DA REDAÇÃORevista Carga Pesada/Com informações da Agência Brasil