O governador Geraldo Alckmin e o secretário da Segurança Pública, Alexandre de Moraes, acompanharam a incineração de aproximadamente 2,5 toneladas de drogas e materiais, na manhã de ontem, 6, em um forno no bairro Sertãozinho, em Mauá, na Grande São Paulo.
Foram incinerados 1,6 tonelada de cocaína, 757 kg de pasta-base de cocaína, 163 kg de insumos em pó utilizados para o refino de entorpecentes e 56 kg de objetos que foram apreendidos por terem sido usados na produção de substâncias ilícitas, como bacias, liquidificadores, balanças e fornos micro-ondas, dentre outros. Além disso, também foram destruídos 250 litros de éter etílico – substância usada no processamento da cocaína.
Todos os materiais e entorpecentes destruídos são resultado de uma única operação. “Foi a maior apreensão do Estado”, afirmou Alckmin. “Só com a quantidade de pasta base apreendida, seria possível produzir mais sete toneladas de cocaína”.
Os entorpecentes foram encontrados, no dia 17 de julho, durante ação do Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc), na zona rural de Santa Isabel, divisa com Jacareí. Na ocasião, foram presas cinco pessoas, incluindo o líder da distribuição de drogas de facção criminosa.
“A Polícia Civil já monitorava o grupo desde a entrada da droga no país. Aguardamos o momento certo, quando estaria no mesmo lugar o entorpecente e o traficante ‘Capuava’, líder da distribuição de drogas”, explicou Alexandre de Moraes.
MAIOR APREENSÃO DE COCAÍNA – Com a marca de maior apreensão brasileira de cocaína no ano, a operação foi resultado de quatro meses de investigação do Denarc. Os policiais identificaram que o imóvel havia sido comprado há um mês pela facção. O local também era utilizado como laboratório da droga, com 30 micro-ondas para fazer a secagem do entorpecente após o processamento da pasta base. Também foram apreendidos três fuzis, uma pistola, além de munição e carregadores.
“Esta foi uma operação nota 10. Um trabalho de inteligência e investigação”, exaltou o governador. Para o secretário, a ação mostra a efetividade policial. “A apreensão foi extremamente importante para estrangular o fluxo de dinheiro da facção”, disse Moraes.
Segundo o titular da Segurança Pública, ao todo, a droga poderia ser vendida por até R$ 40 milhões. “Isso seria utilizado para comprar mais entorpecentes e armas, além de aliciar mais pessoas ao tráfico. Acima de tudo, esse tipo de operação está salvando vidas”.
Para a incineração, foram investidos R$ 41.250,00 no processo de destruição dos entorpecentes – R$ 16,50 por quilo.
A empresa vencedora da licitação, Boa Hora Central de Tratamento de Resíduos LTDA, já incinerou 2,5 toneladas de maconha, em abril, e 1,1 tonelada de drogas e objetos, em maio. Os materiais também haviam sido apreendidos pelo Denarc.
Entre os 18 e 21 deste mês, serão incineradas mais 17 toneladas de maconha, resultado de outras duas grandes ações do Denarc – 14,1 t na zona norte da Capital e 1,1 t em São José dos Campos -, além das apreensões rotineiras.
PRODUTIVIDADE POLICIAL – As polícias aumentaram em 13,83% os flagrantes de tráfico de entorpecentes neste semestre. O total passou de 19.918 entre janeiro e junho de 2014 para 22.673 no mesmo período deste ano, ou seja, 2.755 casos a mais.
A quantidade é a segunda maior para o semestre desde 2001, ficando atrás apenas dos seis primeiros meses de 2013, que teve 23.551 flagrantes.
DROGAS APREENDIDAS – No primeiro semestre deste ano, foram apreendidas 55,2 toneladas de drogas no Estado. O total é 71,43% maior que no mesmo período de 2014, quando 32,2 toneladas de entorpecentes foram retiradas das ruas.
A quantidade é a maior de toda a série histórica para um primeiro semestre.
O aumento dos flagrantes significa mais inteligência e eficiência das polícias Civil e Militar do Estado para combater o tráfico de entorpecentes a partir de prisões de traficantes e apreensões de drogas.
Desde 2011 até junho de 2015, as polícias Civil e Militar apreenderam 369,5 toneladas de entorpecentes no Estado de São Paulo.
Somente o Denarc apreendeu 23,2 toneladas de entorpecentes entre janeiro e julho deste ano, além de 230 litros do inalante conhecido como “cheirinho da loló” e lança-perfume. No período, o departamento desarticulou 47 quadrilhas, prendeu 419 pessoas e apreendeu 83 menores.
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO / Secretaria da Segurança Pública