Para a seleção feminina de ginástica, o Mundial pré-olímpico praticamente terminou. As brasileiras ficaram na 14ª posição e terão que tentar carimbar, em janeiro, o passaporte para os Jogos de Londres. Somente Jade Barbosa, no salto, e Daniele Hypolito, no individual geral, se garantiram nas finais.
“Acho que os juízes foram um pouco rigorosos demais com a gente, mas é normal. Não é um mundial qualquer, é um mundial pré-olímpico”, disse Jade.
A coordenadora Georgette Vidor engrossou o coro na crítica aos juízes e ainda afirmou que a Romênia foi favorecida na avaliação. “Não fomos bem. Faltou preparação, mas os árbitros também não nos ajudaram, não foram simpáticos ao Brasil. Agora, ajudaram a Rômenia descaradamente nas notas no primeiro dia”, disparou.
Daniele Hypolito foi a atleta mais regular da seleção, a melhor no individual geral. No solo, após se apresentar, comemorou muito. Duas horas depois, assistindo às adversárias, caiu no choro e se mostrou revoltada com as notas das rivais: “Tinha como os juizes roubarem mais?”, postou em uma rede social. As lágrimas, porém, sumiram com a notícia de que avançou às finais, já que cada país pode ter no máximo duas atletas na disputa por medalhas, e alguns, com três, precisaram eliminar a esportista de menor nota.
O mundial pré-olímpico costumava classificar 12 países para as Olimpíadas. Este ano, a competição só garantiu vaga para as oito primeiras seleções (EUA, Rússia, China, Romênia, Japão, Austrália, Alemanha e Grã-Bretanha). Por isso, para ir para Londres, as brasileiras vão precisar passar por uma repescagem em janeiro, em um evento teste em Londres, que vai definir as últimas quatro equipes.