Até que ponto a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de tirar o país do Acordo de Paris, vai comprometer o plano global de combate às mudanças climáticas? Este é o tema de hoje (12) do programa Diálogo Brasil.
O assunto será debatido pela coordenadora de Política e Direito Socioambiental do Instituto Socioambiental (ISA), Adriana Ramos, e pelo professor de Relações Internacionais da Universidade de Brasília (UnB) Matias Franchini.
Considerado mais como tratado econômico do que ambiental, o Acordo de Paris tem o objetivo de reduzir as emissões de gases de efeito estufa e manter o aumento da temperatura média global abaixo de 2 graus Celsius (ºC) em relação aos níveis pré-industriais, garantindo esforços para limitar o aumento da temperatura a 1,5ºC. Assim, será possível frear o aquecimento global e combater os efeitos das mudanças climáticas.
Para isso, é preciso desenvolver economia limpa e de baixo carbono em todos os setores. Segundo os participantes do Diálogo Brasil, o processo já é irreversível e o mercado de energia já está migrando das fontes fósseis (poluentes) para as renováveis (limpas). Eles destacam, entretanto, os efeitos negativos da posição de Trump, que favorece setores ainda apegados ao discurso de negação das mudanças climáticas.
Também participam do programa, com depoimentos em vídeo, o professor, físico e presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), José Goldemberg, e o secretário-executivo do Observatório do Clima, Carlos Rittl.
O Diálogo Brasil vai ao ar toda segunda-feira, às 22h, pela TV Brasil.