Uma mudança na direção dos ventos provocou o deslocamento da nuvem de cinza do vulcão islandês, causando o fechamento temporário do aeroporto internacional de Keflavík, o principal terminal da Islândia, nesta sexta-feira.
As autoridades islandesas manterão o aeroporto fechado ao tráfego aéreo pelo menos até 11h (pelo horário de Brasília), e desviaram para o aeroporto de Akureyri, no norte do país, voos que chegaram dos EUA nesta sexta.
A nuvem de cinza se movimenta agora em direção oeste e sudoeste e alcançou nas últimas horas, pela primeira vez desde o início da erupção há um mês, localidades situadas a oeste do vulcão, como a de Selfoss.
A erupção do vulcão continua estável, e a nuvem de cinza e gás subiu até seis mil metros de altitude devido a ventos fortes e a uma corrente de ar instável procedente do sul da Islândia, informou o Instituto Meteorológico Islandês.
A geleira onde está o vulcão sofreu na quinta-feira quatro pequenos terremotos, que aparentemente não mudaram a intensidade da erupção, e também não há indícios de que ela vá se extinguir em breve, segundo os especialistas.
Companhias aéreas espanholas perderam US$ 50 mi por vulcão
As companhias aéreas espanholas perderam entre 41 e 45 milhões de euros (entre US$ 51 e 56 milhões) pela nuvem de cinzas do vulcão islandês, que obrigou no fechamento dos aeroportos de grande parte da Europa entre os dias 15 e 21 de abril.
Fontes do setor indicaram à agência Efe que o número de perdas inclui, além da anulação de voos, o custo da atenção aos passageiros prejudicados.
Segundo as fontes, a companhia que mais perdeu foi a Iberia, entre 18 ou 20 milhões de euros (US$ 22 e 25 milhões), seguida pela Vueling, que teria perdido entre 6 e 8 milhões de euros.
A Associação de Companhias Espanholas de Transporte Aéreo (ACETA), que fez uma avaliação há poucos dias, apontou uma perda de entre 40 e 41 milhões de euros, nos quatro primeiros dias de perturbações em abril.
A AENA, autoridade que administra os aeroportos da Espanha, comunicou perdas de 7,4 milhões de euros, com base na falta de cobrança de taxas aeroportuárias durante os dias de paralisação.