Pelo menos cinco pessoas morreram e 20 ficaram feridas nesta quarta-feira numa explosão em frente a um teatro em Stavropol, no sul da Rússia, pouco antes de uma apresentação de dança chechena, segundo autoridades.
O Gabinete do Procurador Geral disse em nota que a investigação criminal está sendo conduzida sob as leis relativas ao terrorismo. Stavropol fica numa região etnicamente russa, fronteiriça com as turbulentas repúblicas muçulmanas do norte do Cáucaso. Atentados islâmicos foram registrados anos atrás.
Há alguns meses, rebeldes islâmicos do Cáucaso prometeram levar a violência a várias cidades russas. Em março, homens-bomba mataram 40 pessoas no metrô de Moscou, no pior ataque na Rússia “propriamente dita” desde 2004.
As autoridades disseram que a bomba continha explosivos numa quantidade equivalente a 200-250 gramas de Trinitrotolueno (TNT). A explosão ocorreu 15 minutos antes da apresentação do celebrado grupo checheno Vainakh, muito ligado ao líder rebelde Ramzan Kadyrov, que já posou para fotos com dançarinos.
“Cerca de 15-20 minutos antes do começo do concerto ouvimos uma explosão. Vimos que a explosão havia praticamente atirado longe a multidão do lado de fora (…), umas 100-150 pessoas”, disse uma testemunha chamada Rustam à rádio Ekho Moskvy.
Dois corpos cobertos por lençóis brancos jaziam diante da Sala de Concertos de Stavropol, que foi isolada pela polícia. Fontes hospitalares disseram à agência de notícias RIA que havia pelo menos 40 feridos.
O presidente Dmitry Medvedev ordenou no ano passado que a região de Stavropol fosse incluída no novo Distrito Federal do Norte do Cáucaso, junto às regiões muçulmanas da Chechênia, Daguestão e Inguchétia.
Em 1995, rebeldes chechenos fizeram centenas de reféns em um hospital na cidade de Budyonnovsk, que fica na região de Stavropol. Mais de cem civis morreram durante uma frustrada tentativa russa de invadir o local.