A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), ligada à Organização dos Estados Americanos (OEA), cobrou do governo do presidente de Cuba, Raúl Castro, a libertação de todos os dissidentes políticos e não apenas dos 52 anunciados. A entidade elogiou essa iniciativa, mas ressaltou que o processo de libertação deve ser estendido aos 75 presos políticos existentes em Cuba. As informações são da comissão.
“A CIDH exorta o Estado de Cuba a continuar com o processo de libertação de todos os presos políticos”, diz o comunicado da comissão. “A CIDH insta o Estado [de Cuba] a realizar todas as reformas necessárias em conformidade com as obrigações internacionais em matéria de direitos humanos e implementar um processo de normalização democrática.”
Em outubro de 2006, a comissão aprovou o relatório no qual recomenda ao Estado de Cuba a libertação imediata e incondicional de 75 dissidentes – integrantes da oposição, ativistas dos direitos humanos e jornalistas independentes.
Desde da última segunda-feira (12), presos políticos são libertados em Cuba e seguem para a Espanha. O acordo para a libertação dos dissidentes foi negociado entre o governo Raúl Castro, a Igreja Católica de Cuba e o governo da Espanha.
A comissão, um órgão autônomo ligado à OEA, é formada por por sete membros independentes. Segundo a CIDH, os integrantes da comissão não representam um país específico. Eles são eleitos pela Assembleia Geral da OEA.