O governo da Colômbia anunciou nesta sexta-feira, 13, que está oferecendo mais de US$ 275 mil de recompensa por informação que permita às autoridades chegar aos autores do atentado com carro-bomba em Bogotá.
O anúncio da recompensa, equivalente a 500 milhões de pesos colombianos, foi feito pelo presidente Juan Manuel Santos, a partir de Popayán, no departamento do Cauca (sudoeste), para onde viajou para liderar um conselho de segurança com o ministro da Defesa, Rodrigo Rivera.
Em Bogotá, um homem se entregou à Policia, identificado como Gustavo Ladino, que admitiu ter falsificado as placas do veículo que foi carregado com 50 quilos de explosivos para perpetrar o atentado. Ladino, no entanto, foi interrogado na Procuradoria Geral, e esclareceu que não teve nenhuma responsabilidade no planejamento do atentado, tampouco na colocação do material explosivo.
A ação terrorista, não reivindicada por nenhum grupo ainda, ocorreu na madrugada de quinta-feira, em torno das 5h30 no horário local (7h30 de Brasília), antes do início das atividades cotidianas, o que impediu que fossem mais graves as consequências da explosão, que não causou vítimas fatais.
O último balanço do Sistema Distrital de Prevenção e Atenção de Emergências de Bogotá assinalou que 808 pessoas resultaram afetadas, em 424 imóveis registraram danos e 36 pessoas ficaram feridas, embora todas tenham recebido atendimento e liberadas depois. Além disso, a explosão causou danos em 124 pontos comerciais, dezenas de escritórios e em 18 veículos.
A área afetada compreende o centro financeiro do norte de Bogotá, colégios, edifícios, casas e diversos comércios, e a Sétima Avenida, onde foi colocado o carro-bomba, é uma das ruas com maior trânsito de veículos do serviço público e privado.
As autoridades colombianas ainda não descartam nenhuma hipótese sobre os autores do atentado, explicou hoje a várias emissoras locais o procurador-geral interino, Guillermo Mendoza. Para alguns analistas e relatórios de inteligência, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), acompanhadas do crime organizado, estariam por trás do atentado.
Segundo publicou nesta sexta o jornal El Espectador, uma gravação de Germán Briceño, conhecido como Grannobles e comandante da frente 10 das Farc, foi interceptada pelo Exército em junho e revela a ordem dada por esse chefe guerrilheiro para executar ações terroristas em Bogotá.