O Tribunal de Apelação de Manila condenou nesta sexta-feira (24) a 14.400 anos de prisão um cidadão filipino que violentou a própria filha 360 vezes durante os 12 meses que sua esposa trabalhou de empregada doméstica em Hong Kong.
A menina tinha 13 anos na época da violência sexual cometida pelo pai contra ela.
O tribunal impôs ao acusado, motorista de moto-táxi, 40 anos de prisão por cada uma das violações cometidas, segundo a rede de televisão GMA.
Os advogados da defesa podem recorrer da sentença nas próximas semanas.
A vítima, que hoje tem 22 anos, declarou durante o julgamento que seu pai começou a violentá-la em janeiro de 2001, quando ela e seus dois irmãos ficaram sozinhos em casa depois que sua mãe viajou para Hong Kong a trabalho.
O condenado a forçava a manter relações sexuais com ele todos os dias, exceto quando a adolescente ficava menstruada, quando então lhe obrigava a praticar sexo oral.
A jovem terminou delatando os fatos durante as férias com familiares, porque sentia pavor ao pensar que tinha que voltar para casa com seu pai.
Em 2006, um tribunal condenou o homem à morte, mas esse mesmo ano a presidente do país, Gloria Macapagal Arroyo, revogou a pena capital.