O número de casos de cólera no Haiti já ultrapassa 3 mil e as mortes somam mais de 250. O diretor-geral do Departamento de Saúde do país, Gabriel Thimote, disse ontem (24) que foi registrada uma diminuição no número de mortes e de pessoas hospitalizadas e que a tendência é que o quadro da doença se estabilize.
De acordo com a BBC Brasil, cinco casos de cólera foram registrados na capital Porto Príncipe, mas autoridades da Organização das Nações Unidas (ONU) informaram que os pacientes foram rapidamente diagnosticados e isolados.
As áreas mais atingidas são Douin, Marchand Dessalines e os arredores de Saint-Marc, a cerca de 100 quilômetros de Porto Príncipe. Vários casos foram registrados também na cidade de Gonaives e em vilarejos próximos à capital, como Archaei, Limbe e Mirebalais.
Cerca de 1 milhão de pessoas que sobreviveram ao terremoto que atingiu o Haiti em janeiro deste ano ainda vivem em barracas próximas a Porto Príncipe, sem saneamento básico e com acesso limitado à água potável.
Acredita-se que o surto de cólera tenha sido provocado pelo consumo de água contaminada do Rio Artibonite. A doença apresenta sintomas como febre alta, diarreia, vômitos e desidratação e pode matar rapidamente se não for tratada com reidratação e antibióticos.
No último sábado (23), o presidente do Haiti, René Preval, afirmou que as autoridades estão tomando providências para que o cólera não ultrapasse os limites do foco original. Agências humanitárias divulgaram, entretanto, que a doença pode estar chegando à fronteira com a República Dominicana.
Especialistas dizem que esta é a primeira epidemia de cólera em um século e, por essa razão, a população mundial não tem qualquer imunidade contra a bactéria.