A China atacou hoje o site WikiLeaks, especializado em vazar documentos confidenciais. O governo de Pequim qualificou o conteúdo do site como “absurdo”, após o WikiLeaks liberar cerca de 250 mil documentos diplomáticos dos Estados Unidos, alguns envolvendo a China. Questionada sobre o site, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores Jiang Yu disse que a China se recusa a comentar “o conteúdo absurdo do site deles”, sem dar mais detalhes.

Alguns dos documentos vazados contêm alegações de que Pequim tenha feito vista grossa para exportações ilícitas de componentes de mísseis realizadas pela Coreia do Norte. Também diz que a liderança chinesa estaria por trás de ataques cibernéticos contra o Google e outros sites dos EUA.

Na terça-feira, um porta-voz da chancelaria chinesa pediu aos EUA que ajam no caso, mas não quis comentar os vazamentos envolvendo Pequim. Em um dos documentos, diplomatas chineses são citados como se comparassem o comportamento errático do regime norte-coreano ao de uma “criança mimada”.

Hackers

Também hoje, a imprensa estatal afirmou que o Exército chinês deve avaliar seriamente como lidar com as guerras cibernéticas. O comentário do jornal estatal Diário do Exército de Libertação do Povo é feito dias após autoridades chinesas anunciarem que prenderam 460 suspeitos de atuar como hackers e fecharam vários sites.

Os casos eram internos e não havia menção a ataques vindos do exterior. As acusações do governo chinês ganharam destaque nesta semana, em meio aos vazamentos realizados pelo WikiLeaks, alguns deles sobre hackers supostamente apoiados pelo governo chinês.