O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, decidiu hoje (27) antecipar seu retorno de Davos, na Suíça, onde participa do Fórum Econômico Mundial, em decorrência do acidente na mina de carvão de La Preciosa, que matou pelo menos 23 operários e deixou 13 presos. Na tentativa de resgatá-los, o governo colombiano pediu ajuda a especialistas chilenos, que já estão na região fronteiriça da Colômbia com a Venezuela para ajudar nas operações. As informações são da Presidência da República da Colômbia.
Santos afirmou que quer acompanhar de perto as operações de resgate e dar assistência às famílias das vítimas. “Eu decidi antecipar meu retorno. Vou terminar algumas reuniões que eu tenho hoje [27], em Davos, e, amanhã [28], vou regressar para acompanhar diretamente as famílias dessas vítimas “, disse.
Ontem (26), houve uma explosão na mina de La Preciosa. Para especialistas colombianos, a explosão na região de Sardinata, no departamento (estado) de Santander, fronteira com a Venezuela, pode ter sido causada pelo acúmulo de gases no local. No entanto, não há informações detalhadas sobre as investigações.
Segundo o presidente, o governo analisa a hipótese de mudar a legislação referente ao funcionamento das minas de carvão na Colômbia. “Quando eu voltar, vou dar as instruções necessárias para analisar cuidadosamente o controle da regulamentação nas minas que temos porque o número de mortos nas minas é totalmente inaceitável”, afirmou Santos.
A Colômbia está entre os dez maiores produtores de carvão no mundo. Relatos de acidentes envolvendo minas de carvão tornaram-se comuns no país. O apelo do governo colombiano aos especialistas chilenos foi motivado pela ação, ocorrida no final do ano passado, quando 33 mineiros soterrados no Deserto de Atacama foram resgatados com vida.