A diretora-geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), Irina Bokova, apelou hoje (1º) para que as autoridades e a população do Egito preservem os bens protegidos como patrimônio cultural da humanidade. Segundo ela, é fundamental ainda que haja respeito à liberdade de expressão no país. As informações são da agência de notícias das Nações Unidas.
“Eu quero solenemente solicitar que sejam tomadas todas as medidas necessárias para proteger os tesouros do Egito, do Cairo e de Luxor, assim como os outros locais culturais e históricos do país”, afirmou Irina Bokova.
Na lista do patrimônio cultural no Egito, há desde as pirâmides que ficam na região metropolitana do Cairo até o Farol de Alexandria. Outro local que inspira atenção é o Museu Egípcio do Cairo, onde há obras de arte antiga e outras relíquias, como joias e objetos dos faraós, além de múmias. O museu está localizado no centro da capital egípcia.
De acordo com a Unesco, o Egito tem sete sítios inscritos na Lista do Patrimônio Mundial, entre eles, o Centro de Estudos Núbia, o Museu de Assuão, o Museu Nacional da Civilização Egípcia, a Biblioteca de Alexandria – que foi destruída há cerca de 2 mil anos e depois restaurada – , além de uma longa relação que serve de referência para a educação, a cultura e as ciências nos países árabes.
“A herança cultural egípcia presente em seus edifícios e objetos é uma parte do patrimônio mundial que nos foi transmitida”, disse a diretora-geral. “As 120 mil peças do Museu do Cairo são inestimáveis. Não são apenas peças que têm um valor científico ou financeiro, mas que representam a identidade cultural do povo egípcio.”
Irina Bokova também disse estar preocupada com as ameaças à liberdade de imprensa no Egito. “É fundamental que a imprensa nacional e a imprensa internacional cumpram sua missão de transmitir informações objetivas para o público”, defendeu.