O Departamento de Estado norte-americano, informou hoje (24), por meio de um comunicado, que governo da Líbia passou a considerar todos os jornalistas estrangeiros que entram sem autorização no território líbio como “colaboradores da Al Qaeda”. De acordo com as autoridades norte-americanas, esses jornalistas enfrentam “uma detenção imediata”.
O comunicado informa ainda que “os mesmos responsáveis [pelo governo líbio] afirmaram igualmente que alguns repórteres entraram ilegalmente no país e que o governo líbio irá considerá-los, a partir deste momento, como colaboradores da Al Qaeda”.
A partir da fronteira da Líbia com o Egito, vários jornalistas estrangeiros entraram no país, depois que os manifestantes contrários ao governo do presidente Muammar Khadafi dominaram algumas regiões.
Segundo Khadafi, a revolta no país é liderada pela rede terrorista Al Qaeda. O líder líbio afirmou que as revoltas são resultado de uma “farsa” e que os manifestantes são jovens “manipulados por [Osama] Bin Laden”, o líder da Al Qaeda.
A Federação Internacional das Ligas de Direitos Humanos estima em 640 o número de mortos nos confrontos. A Líbia enfrenta protestos desde o último dia 15. Líderes políticos da comunidade internacional defendem o fim da violência e a busca pelo diálogo. Khadafi perde força interna pois vários de seus colaboradores renunciaram aos cargos.