A embaixadora dos Estados Unidos na Organização das Nações Unidas (ONU), Susan Rice, disse hoje (1º) que será intensificada a pressão para que o líder líbio, Muammar Khadafi, deixe o poder. Segundo ela, a ideia é fechar o cerco a Khadafi por meio de medidas econômicas e militares. A diplomata norte-americana desafiou Khadafi a examinar a hipótese de exílio. Para Rice, há a ameaça de a Líbia “mergulhar numa crise humanitária”.

“Vamos fazer pressão econômica sobre ele [Khadafi] em conjunto com o restante da comunidade econômica. Vamos pressioná-lo militarmente”, disse Rice. “A comunidade internacional vai manter a pressão”, insistiu ela. “Vamos manter a pressão sobre Khadafi até que ele se retire e permita que as pessoas se expressem livremente e escolham o próprio futuro”.

Enfrentando manifestações há duas semanas, Khadafi sinaliza que pretende resistir à pressão interna e externa. Em entrevistas, o líbio se coloca como o “guia da revolução”, enquanto a oposição amplia o domínio sobre o território líbio.

Paralelamente, o governo norte-americano posicionou forças navais e aéreas em redor da Líbia, enquanto a comunidade internacional congelou os bens de Khadafi e de pessoas ligadas a ele.

Em Benghazi, a segunda maior cidade da Líbia, a oposição anunciou hoje a criação de um conselho militar. De acordo com os oposicionistas, é o começo do futuro Exército comandando pelos que são contrários ao regime de Khadafi.

Segundo Fathi Tirbil, advogado e membro da oposição, “existem ainda reservas em relação a alguns nomes”. “Tentamos promover os oficiais que começaram a revolução”, disse.