O ministro das Relações Exteriores da França, Alain Juppé, disse hoje (24) que “em dias ou semanas” será destruído todo o poder militar do presidente da Líbia, Muammar Khadafi. Desde sábado (19), a coalizão internacional – liderada pelos Estados Unidos, pela França e Grã-Bretanha – lança mísseis sobre a região.
Para Juppé, a ação da coalizão, que entrou hoje no sexto dia de ataques à Líbia, deve “servir de exemplo” a regimes “ditatoriais”. “Venho dizendo que o trabalho de um ditador é de alto risco”, afirmou ele, em defesa da imposição da zona de exclusão aérea na Líbia e da intervenção internacional.
Na semana passada, o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou a imposição da zona de exclusão aérea na Líbia com o objetivo de proteger civis de ataques pelas forças leais a Khadafi. O Brasil e mais quatro países se abstiveram na votação sob a alegação de que os ataques podem agravar a crise e a violência no país.
O ministro das Relações Exteriores da Grã-Bretanha, William Hague, afirmou que seu governo pediu que a oposição faça os preparativos para um processo de transição do poder. Hague disse que as negociações são feitas com o Conselho Nacional interino.
Várias explosões foram ouvidas durante a madrugada na capital do país, Trípoli. Na cidade de Misrata (a Oeste do país), tanques do governo dispararam contra uma área próxima a um hospital.
Também há relatos de combates intensos entre rebeldes e forças leais a Khadafi na cidade de Ajdabiya, no Leste, mais perto de Benghazi.