O Parlamento tibetano no exílio, em Dharamsala, no Norte da Índia, aprovou hoje (25) o pedido de afastamento do dalai lama das atividadades políticas. A solicitação foi aprovada por unanimidade. O deputado Karma Yeshi, um dos parlamentares que votou a favor do pedido, afirmou que o difícil foi separar o líder religioso das funções políticas.
No último dia 10, o dalai lama, de 75 anos, anunciou sua renúncia. Segundo ele, seu objetivo era que as funções passassem a ser desempenhadas pelo primeiro-ministro. Inicialmente, os parlamentares demonstraram hesitação quanto à sua renúncia.
A decisão do dalai lama foi anunciada durante cerimônia que lembrou a revolta tibetana de 1959 contra as autoridades chinesas. De acordo com ele, é o momento de “devolver” a autoridade formal para um líder eleito.
As informações são da agência pública de notícias de Portugal, a Lusa. Exilado na cidade indiana de Dharmsala, o dalai lama afirmou que o governo tibetano deve ter mais poder. Segundo o líder, a disposição é apresentar propostas de emendas à Constituição para incluir as mudanças pretendidas.
Por tradição, os dalai lama são líderes políticos e espirituais do Tibete e o atual mantém essa função considerada quase mítica para a maioria dos seguidores. O atual dalai lama é o décimo quarto de uma linhagem de líderes espirituais que, pela crença budista, são a reencarnação de espíritos que têm o objetivo de esclarecer a humanidade.
Lama é uma palavra tibetana que significa sabedoria, monge, mestre e guru. O dalai lama também é chamado de Sua Santidade por seus seguidores.