Depois de enfrentarem crises políticas, a Tunísia e o Egito deverão receber ajuda financeira dos países mais ricos do mundo que compõem o G8 (grupo que reúne os Estados Unidos, o Japão, a Alemanha, o Reino Unido, a França, Itália, o Canadá e a Rússia). A proposta foi apresentada hoje (27) pelo presidente da França, Nicolas Sarkozy, o anfitrião das reuniões que ocorrem em Deauville, no interior do país.
Sarkozy propôs o repasse de US$ 40 bilhões para os governos de transição da Tunísia e do Egito. Os primeiros-ministros da Tunísia, Béji Caid Essebsi, e do Egito, Essam Sharaf, são convidados de honra das reuniões do G8.
“O que o presidente Sarkozy anunciou foi um pacote global de US$ 40 bilhões para a região. Esse pacote não foi especificado por país e está previsto que ocorra a partir de agora e até julho para articular melhor o programa”, disse o ministro das Finanças da Tunísia, Jalloul Ayed.
Em janeiro, manifestações populares pressionaram o então presidente da Tunísia, Ben Ali, a deixar o poder. Um mês depois, protestos em sequência no Egito levaram o então presidente Hosni Mubarak a renunciar. Os dois países vivem atualmente sob governos de transição e preparam-se para promover eleições.
O primeiro-ministro da Tunísia, Béji Caïd Essebsi, disse que as as eleições marcadas, inicialmente, para 24 de julho deverão ser adiadas. Ainda não há data definida. “Nós adiaremos [as eleições] se a comissão concluir que assim será necessário”, afirmou. Em 16 de outubro deve ser instaurada uma Assembleia Constituinte para reformar a Constituição em vigor.