O Ministério do Interior italiano considerou válido hoje (13) o referendo sobre energia nuclear, liberalização da água e a imunidade judicial de governantes. Quase 60% dos italianos responderam às questões. Para que o referendo fosse válido, era necessária uma taxa de participação de 50% mais um voto.

Há 16 anos a Itália não conseguia o quórum necessário para esse tipo de referendo de iniciativa popular.

O referendo que começou ontem (12) e terminou hoje (13) foi promovido pela oposição de centro-esquerda para revogar leis sobre a privatização dos serviços de abastecimento de água, a definição das tarifas do serviço hídrico e a possibilidade de voltar a produzir energia nuclear depois deixar de investir nesse tipo de energia por 24 anos.

Os italianos votaram também sobre a possibilidade de invalidar a lei do “legítimo impedimento”, o que permite que o primeiro-ministro, Silvio Berlusconi, e seus ministros se ausentem dos tribunais alegando compromissos institucionais.

Os resultados do referendo ainda não foram divulgados pelo Ministério do Interior da Itália.