O alto comissário da Agência das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), António Guterres, visita, a partir de hoje (1º) o Brasil a partir de hoje (1º). É a segunda visita dele ao país, que ficará aqui até quarta-feira (3). Guterres vai se reunir com refugiados e reassentados acolhidos pelo Brasil. Também há reuniões marcadas com o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, e autoridades do governo e do Congresso.
Pelos dados da Acnur de 2010, há no Brasil 4.306 refugiados de 75 nacionalidades, sendo 39% angolanos, 14% colombianos, 10% oriundos do Congo, 6% da Libéria e 5% do Iraque. A maior parte dos refugiados vem da África e, em seguida, das Américas.
De acordo com o Itamaraty, o Brasil será destaque na campanha global a ser lançada este mês pela Acnur. Apenas em 2011, o governo brasileiro planejou repassar, em contribuições para a a agência da ONU, cerca de US$ 3,7 milhões.
A legislação brasileira de refúgio é considerada uma das mais modernas e abrangentes do mundo, segundo o Ministério das Relações Exteriores. O Brasil é considerado, de acordo com especialistas, exemplo na prevenção da chamada apatridia, que diz respeito às pessoas que não têm nacionalidade ou cidadania reconhecidas.
A Acnur recebeu duas vezes o Prêmio Nobel da Paz (1954 e 1981). Com mais de 7 mil funcionários, atua em 123 países e tem mandato para conduzir e coordenar ações internacionais de proteção aos refugiados e atividades de assistência a retornados, deslocados internos e apátridas.