De cama e em tratamento para a cura de câncer em Cuba, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, pediu ontem (11) à noite a unidade do governo e do povo no esforço de “derrotar as tentativas de desestabilização”. Segundo Chávez, a oposição quer fragilizar seu governo para ganhar espaço na disputa eleitoral em 2012.
Chávez concedeu entrevista, por telefone, à emissora de televisão estatal VTV. Ele disse que estava de cama, mas acompanhando todos os acontecimentos na Venezuela e no mundo. Desde sábado (6), Chávez está em Havana para a segunda etapa da quimioterapia. Há cerca de dois meses, o venezuelano foi diagnosticado com um câncer e informou que havia feito uma cirurgia para a retirada de um tumor pélvico. Mas não há detalhes sobre o tipo de tumor que o atinge.
No entanto, na entrevista ontem, Chávez avisou que “em breve” estará de volta à Venezuela. Segundo ele, seu “corpo tem respondido satisfatoriamente à quimioterapia”. De acordo com o presidente, ele vai se recuperar da doença.
“Só peço a união daqui, da minha cama de convalescença, mas vitorioso. Hei de vencer e hei de viver, essa é a palavra de ordem. União para defender a revolução, hoje, amanhã e sempre dos ataques do império”, disse o presidente.
O presidente mencionou a crise financeira internacional e condenou medidas, adotadas por alguns países da Europa e nos Estados Unidos, que podem prejudicar a população. Segundo ele, as medidas “prejudicam os pobres” em contraste com a situação da Venezuela onde o foco está nos investimentos sociais.
“Nós vamos ganhar a eleição [presidencial]. Nós vamos nocauteá-los [os adversários políticos]. Vamos ter de 10 a 12 milhões de votos. Chávez será o candidato, Chávez será o presidente”, disse, reclamando de um suposto movimento conspiratório no país que busca implantar o caos na Venezuela.