A exemplo dos Estados Unidos, a Alemanha, a França, o Reino Unido e os demais integrantes da União Europeia se uniram hoje (18) em defesa da saída do presidente da Síria, Bachar Al Assad, que está no governo há 11 anos. Alvo de protestos há cinco meses, Assad é acusado de violação de direitos humanos, com ataques a civis desprotegidos.
A chanceler alemã, Angela Merkel, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, e o primeiro-ministro britânico, David Cameron, emitiram comunicado conjunto em que defendem a saída imediata do líder sírio.
“[É hora de] pôr fim imediato a toda a violência, libertar os prisioneiros de consciência [políticos] e permitir às Nações Unidas a avaliação da situação no terreno sem entraves”, diz o comunicado.
A chefe da Diplomacia da União Europeia, Catherine Ashton, também divulgou nota em defesa da saída de Assad. “[O presidente Bashar Al Assad] perdeu a legitimidade aos olhos do povo sírio, sendo necessário que abandone o poder”, diz o texto.
A perda de legitimidade de Assad é também afirmada em um comunicado do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que exige explicitamente pela primeira vez o afastamento do chefe de Estado sírio e anuncia novas sanções contra o regime de Damasco.
“Explicamos, em várias ocasiões, que o presidente Assad deveria iniciar um processo de transição democrática ou demitir-se. Esse processo de transição não aconteceu. No interesse do povo sírio, chegou a hora de o presidente Assad se retirar”, diz o comunicado de Obama.
Desde março, Assad enfrenta protestos que têm sido reprimidos com violência pelas forças de segurança. De acordo com organizações de defesa dos direitos humanos, cerca de 2 mil pessoas morreram – vítimas da repressão das manifestações.