A União Africana – que reúne 52 países – apelou hoje (26) que o próximo governo na Líbia seja inclusivo. O bloco não reconheceu o Conselho Nacional de Transição (CNT), controlado pela oposição ao líder líbio, Muammar Khadafi, como a autoridade única e legítima do país.
Depois de uma reunião na Etiópia, o comissário da União Africana, Ramtane Lamamra, disse hoje que o grupo quer ver um processo de reconciliação nacional na Líbia e um projeto para a “transformação democrática” do país.
O presidente do CNT, Mahmoud Jibril, disse que a oposição pode enfrentar uma crise de legitimidade, se os bens líbios que estão congelados não forem liberados logo. A União Europeia recomendou cautela na suspensão dos bens congelados, enquanto a Organização das Nações Unidas (ONU) autorizou a medida.
O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, evitou hoje sinalizar qualquer manifestação de reconhecimento à legitimidade do governo provisório comandado pelo Conselho Nacional de Transição. No entanto, ele ressaltou que o Brasil seguirá as determinações do Conselho de Segurança da ONU no que se referir à suspensão das sanções à Líbia.