Sob comando do presidente da França, Nicolas Sarkozy, representantes de 50 países se reunirão na próxima quinta-feira (1º), em Paris, para discutir as propostas de apoio à reconstrução política, econômica e social da Líbia. Os representantes da comunidade internacional ouvirão os apelos e as análises dos integrantes do Conselho Nacional de Transição (CNT) líbio que deverá assumir o governo provisório.
Sarkozy disse que o objetivo é avançar nas propostas definidas pelo Grupo de Contato para a Líbia, criado em 29 de março, com a participação de representantes da China, Rússia, Índia e do Brasil.O presidente do CNT, Mustafa Abdeljalil, e o secretário-geral do órgão, Mahmoud Jibril, comparecerão à reunião em Paris.
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, os primeiro-ministros da Grã-Bretanha, David Cameron, e do Canadá, Stephen Harper, além da chanceler da Alemanha, Angela Merkel, confirmaram presença. A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, deverá representar o país.
Por meio de seu porta-voz, a chanceler Angela Merkel disse que o esforço será, inicialmente, para ajudar a população líbia. “Vamos fazer tudo o que for possível para procurar uma assistência humanitária ao povo”, disse o porta-voz de Merkel, Steffen Seibert. Em julho, a Alemanha anunciou a liberação de 100 milhões de euros para a oposição líbia.
Em março, a Alemanha se absteve da votação do Conselho de Segurança da ONU, que estabeleceu uma zona de exclusão aérea na Líbia e autorizou os ataques aéreos contra o território. A Alemanha foi o único país da União Europeia (UE) e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) que se absteve, provocando críticas dos demais membros.