O processo de resfriamento da Usina Nuclear de Fukushima Daiichi, no Nordeste do Japão, deve ser concluído antes do final do ano. Em março, a usina sofreu danos causados pelo terremoto seguido de tsunami que geraram vazamentos e explosões radioativos. Os efeitos dos acidentes radioativos interferem até hoje no cotidiano dos japoneses – muitas famílias continuam fora de suas cidades para evitar o risco de contaminação.
A informação é da empresa elétrica Tokyo Electric Power (Tepco), que administra a usina. Inicialmente, a previsão para a conclusão dos trabalhos era janeiro de 2012. Para serem estabilizados, os reatores devem permanecer abaixo dos 100 graus Celsius (ºC). Paralelamente, a Tepco tenta manter um sistema duplo de reciclagem da água radioativa.
De acordo com especialistas, a Tepco espera concluir ainda este mês a instalação de uma cobertura de lâminas de poliéster no reator 1 da usina – que sofreu graves abalos em março – para evitar a dispersão de substâncias radioativas.
Em agosto, a Agência Nuclear e de Segurança Industrial do Japão informou que a quantidade de césio radioativo liberada pela usina era equivalente ao que seria emitido se explodissem 168 bombas atômicas como as que destruíram a cidade japonesa de Hiroshima (1945).