O comando da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) confirmou hoje (28) que a missão na Líbia será mantida apenas por mais três dias. Na próxima segunda-feira (31) as tropas começarão a retirada da região. Em comunicado, divulgado hoje (28), a entidade informou que os contatos com o governo de transição serão mantidos e, se necessário, haverá apoio para garantir a segurança para os civis.
“Hoje confirmamos a decisão tomada há uma semana pelo Conselho de Cooperação do Atlântico Norte. A nossa operação na Líbia terminará em 31 de outubro. Até lá continuaremos a acompanhar a situação juntamente com os nossos parceiros. Continuaremos a responder às ameaças a civis, se necessário”, diz o comunicado.
O secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, disse que a entidade “cumpriu plenamente” a missão, definida pela Organização das Nações Unidas (ONU), de “proteger o povo da Líbia, fazer cumprir a zona de exclusão aérea e o embargo de armas”. Segundo ele, foi uma das atividades “mais bem sucedidas da história da Otan”.
Ontem (27) o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou, por unanimidade, a resolução que põe fim à autorização para o uso de forças militares na Líbia. A decisão foi definida apesar dos pedidos do governo de transição líbio para que a missão fosse prolongada por mais um mês.
Desde março, as tropas estrangeiras da Otan estão na Líbia. De acordo com os militares, sua missão era proteger os civis ameaçados pelas forças de Muammar Khadafi, ex-presidente do país morto na semana passada. No entanto, há relatos de bombardeios e troca de tiros constantes.
O governo da presidenta Dilma Rousseff se absteve de apoiar a intervenção militar na Líbia. Para as autoridades brasileiras, o ideal é buscar a via pacífica por meio do diálogo e da negociação.