A Embaixada da República do Congo informou à Agência Brasil que não dispõe de cônsul nomeado no país. A representação diplomática informou ainda que não tem consulados no Rio de Janeiro nem em São Paulo. Quem responde pelo país, no Brasil, é o diplomata Aimé Clovis Guillond, encarregado de negócios do país. Da mesma forma que a República Democrática do Congo, a representação diplomática não tem embaixador no Brasil.
A menção à região do Congo remete a dois países distintos. A República Democrática do Congo, com mais de 70 milhões de habitantes, é o país de língua francesa mais populoso. Na República do Congo, há pouco mais de 3,9 milhões de habitantes cujo idioma oficial também é o francês. Ambos os países são marcados pela violência e pelos conflitos internos.
Antes da manifestação da representação diplomática da República do Congo, a Embaixada da República Democrática do Congo disse desconhecer a ligação do homem que se disse cônsul honorário com o traficante Antônio Bonfim Lopes (Nem), preso na madrugada de hoje (10) no Rio de Janeiro. A embaixada informou que aguardava dados da Polícia Federal para se manifestar oficialmente sobre o assunto.
Um cônsul honorário não precisa ser um diplomata de carreira nem funcionário do Ministério das Relações Exteriores. A função pode ser exercida por qualquer pessoa desde que nomeada pela representação diplomática do país. O cônsul não dispõe dos privilégios de diplomatas nem de carro oficial. Também não dispõe de imunidade diplomática. A função do cônsul honorário é fazer a intermediação do diálogo entre o país para o qual é designado e o Brasil.
O Congo despertou a atenção dos brasileiros na madrugada de hoje (10) quando policiais do Batalhão de Choque da Polícia Militar prenderam o traficante Nem. De acordo com a polícia, ele chefiava o tráfico de drogas na Favela da Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro, e era considerado um dos homens mais procurados do Rio.
O traficante foi capturado enquanto tentava fugir do cerco policial na comunidade, escondido no porta-malas de um Corolla preto. Militares relataram que ele estava em um carro no qual também se encontravam um advogado, um homem que se identificou como cônsul honorário do Congo e outro que se identificou como funcionário do consulado.