O Conselho dos Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) marcou para a próxima sexta-feira (2) a sessão especial que discutirá a situação na Síria. A sessão foi marcada a pedido da União Europeia que pretende colocar em pauta o relatório divulgado anteontem (28) por peritos internacionais que concluíram que o governo do presidente sírio, Bashar Al Assad, está diretamente envolvido nos casos de torturas, assassinatos, estupros, desaparecimentos e violência contra crianças.
 
De acordo com informações da União Europeia, 28 delegações estrangeiras assinaram o pedido para a realização da sessão. A estimativa da ONU é que mais de 3,7 mil pessoas morreram na Síria em decorrência dos conflitos entre policiais e manifestantes desde a eclosão dos protestos, em março. O governo é acusado de repressão e violência.

Para a elaboração do relatório sobre a crise na Síria, os peritos tomaram 223 depoimentos. A União Europeia propôs um projeto de resolução determinando a condenação do governo sírio devido às “graves e sistemáticas violações dos direitos humanos” cometidas pelas autoridades sírias. Os europeus querem que o relatório dos peritos seja submetido à Assembleia-Geral e ao Conselho de Segurança da ONU.

O Conselho dos Direitos Humanos da ONU fez duas sessões extraordinárias sobre a situação na Síria para condenar a repressão – em 29 de abril e 22 e 23 de agosto. O Brasil condena as violações aos direitos humanos e defende a desmilitarização da Síria. Para as autoridades brasileiras, o ideal é a busca pacífica para o fim do impasse.