O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (OHCHR) pediu ao governo de Honduras para que faça uma investigação independente sobre as causas do incêndio, na prisão da província de Comayagua, no Norte do país, a 90 quilômetros da capital hondurenha, Tegucigalpa. Pelo menos 358 pessoas morreram.
“Pedimos ao governo para oferecer às famílias dos prisioneiros em Comayagua todos os detalhes e outras informações relevantes sobre o estado dos seus entes queridos, sem mais delongas”, disse o porta-voz da OHCHR, Rupert Colville.
Colville reiterou que a prisão foi projetada para 250 presos e no momento em que houve o incêndio havia 856 detentos no local – mais do que o triplo da capacidade permitida. De acordo com o diretor do setor de penitenciárias de Honduras, Danilo Orellana, a maior parte dos detentos morreu por asfixia no incêndio ocorrido em diversos módulos da prisão.
Honduras, na América Central, registra um elevado nível de criminalidade. No país há 24 centros de detenção com capacidade para 8 mil pessoas. Mas dados oficiais indicam que há cerca de 13 mil presos no país, que tem 7,7 milhões de habitantes.