A alto comissária da Organização das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Navi Pillay, cobrou hoje (2) da comunidade internacional “responsabilidade urgente” em relação à onda de violência na Síria. Segundo ela, é preciso reagir para evitar mais mortes no país. A estimativa é que mais de 7.500 pessoas tenham morrido em cerca de 11 meses de confrontos na região. Há ainda violações de direitos humanos, como agressões sexuais e torturas.
“[O ano de 2011] foi crítico para os direitos humanos, com muitos problemas nessa área”, disse Pillay. O porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Rupert Colville, acrescentou que está alarmado com os relatos que começam a sair do bairro Baba Amro, em Homs, depois de ter sido tomado pelas forças do governo.
A expectativa é que ainda hoje o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) consiga entrar em Homs, na Síria, para ajudar as vítimas dos confrontos entre os agentes de segurança do governo e os críticos do presidente Bashar Al Assad. A cidade de Homs é considerada reduto dos rebeldes.
Ontem (1º), o governo Assad autorizou a ajuda humanitária, depois de a Organização das Nações Unidas (ONU) aprovar resolução recomendando a medida. Uma das propostas, segundo o porta-voz da Cruz Vermelha na região, Hicham Hassan, é uma trégua humanitária, que seria de duas horas por dia.