No momento em que é alvo de debates na Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea), que cobra do governo do Irã providências para esclarecer as dúvidas sobre seu programa nuclear, o Ministério das Relações Exteriores do país informa que busca o caminho da paz em parceria com o Japão. O objetivo é reagiar à pressão internacional contra os projetos de desenvolvimento nuclear no Irã.

A informação é do porta-voz da chancelaria,  Ramin Mehmanparast. Segundo ele, está em negociação uma “cooperação” entre iranianos e japoneses que forçará os países detentores de armas nucleares a abrir mão de seus programas. O porta-voz disse que o Japão foi escolhido por ser a “maior vítima de armas nucleares” no mundo.

A reação do governo do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, ocorre após vários países da Europa anunciarem que vão ampliar as sanções aos iranianos a partir do fim da compra de petróleo da região – um dos principais produtos da balança comercial do Irã.

O ministro do Petróleo, Rostam Qassemi, disse hoje (6) que as sanções ao Irã podem afetar  o mundo, causando a desestabilização do mercado de petróleo. Ele acrescentou que  o país produz 54 milhões de toneladas de vários tipos de produtos petroquímicos por ano.

Apesar das restrições internacionais, o ministro disse que o governo iraniano tem planos de ampliar a produção de petroquímicos para mais de 100 milhões de toneladas até 2015.