Nos próximos dias, o candidato do governo dos Estados Unidos à presidência do Banco Mundial, Jim Yong Kim, visitará o Brasil e o México, além de países na Ásia e na África. O norte-americano disputa o cargo com mais dois candidatos José Antonio Ocampo, da Colômbia, e Ngozi Okonjo-Iweala, da Nigéria.

A escolha do presidente do Banco Mundial será feita por consenso em abril. Há indicações de que os Estados Unidos detêm a maioria dos votos na instituição. O atual presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, conclui o mandato de cinco anos em 30 de junho, e já anunciou que não tentará a reeleição.

Ontem (29), em Nova Delhi, na Índia, a presidenta Dilma Rousseff defendeu reformas no Banco Mundial e no Fundo Monetário Internacional (FMI) para que países emergentes tenham mais espaços nessas instituições.

O Departamento de Tesouro dos Estados Unidos anunciou, no último dia 26, a série de viagens de Jim Yong Kim. Ele irá à Etiópia, à China, ao Japão, à Coreia do Sul, à Índia e ao Brasil, além do México. As visitas terminarão no próximo dia 9.

De acordo com a Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, Kim terá encontros com presidentes e primeiros-ministros, além de ministros da área econômica. A ideia é ouvir as demandas e sugestões das prioridades para o Banco Mundial nos próximos anos. A viagem foi batizada de “Tour to Listen” (Passeio para Ouvir).

A Embaixada dos Estados Unidos no Brasil informou ainda que Kim quer saber dos políticos quais são as propostas para promover o crescimento, combater a pobreza e criar empregos em nações em desenvolvimento.

Formado em medicina e antropologia e co-fundador do Partners In Health, que promove assistência à saúde em comunidades pobres no mundo, Kim lançou a iniciativa chamada 3 by 5 com o objetivo de tratar de 3 milhões de pacientes portadores do vírus em países pobres nos cinco continentes.