Uma cultura criticada, muitas vezes apontada como culpada por desempenho ruins, parece estar perdendo espaço. A famosa dança das cadeiras dos treinadores, comum no Campeonato Brasileiro, tem diminuído ao longo dos anos. De 2003 para cá, quando 41 trocas foram feitas no comando do time (levando-se em consideração demissões e saídas por opção dos técnicos), a mudança foi brusca.
Neste ano, a cinco rodadas do fim, foram 19, o menor número na era dos pontos corridos – em 2010 o número aumentou, mas, naquele ano, cinco times trocaram o comando antes da paralisação para a Copa do Mundo da África do Sul, na sétima rodada, tendo tempo para realizar um longo período de preparação.
Para se ter uma ideia, os seis primeiros times na tabela da Série A não trocaram seus técnicos. O Vasco, por conta do acidente vascular cerebral de Ricardo Gomes em agosto, hoje é comandado por Cristóvão Borges. No caso do Fluminense, também não foi contabilizada a mudança, já que o clube já havia acertado com Abel Braga, que assumiu na quarta rodada.
O Coritiba, por exemplo, segurou Ney Franco mesmo após o rebaixamento em 2009. Em 2010, voltou à elite com Ney no comando. Com uma proposta para divisões inferiores da Seleção, ele foi substituído por Marcelo Oliveira, treinador atual.
Ao todo, nove equipes ainda não mudaram o treinador: Botafogo, Corinthians, Coritiba, Figueirense, Flamengo Fluminense, Palmeiras, Santos e Vasco. Os clubes de menor investimento são maioria nas trocas até então.