Os nove trabalhadores que ficaram seis dias soterrados em uma mina no Peru estão sendo submetidos hoje (12) a uma série de exames médicos. O chefe da equipe médica do Hopital Essalud de Ica, Álvaro Vidal, disse que os mineiros só deverão receber alta amanhã, após o detalhamento do estado clínico de cada um. Os médicos avaliam a saúde física e mental dos trabalhadores.
Por quase uma semana, os trabalhadores ficaram soterrados na Mina Cabeza de Negro, no Oeste peruano, a 300 quilômetros de Lima, capital do Peru. A mina estava desativada, segundo autoridades, e os trabalhadores atuavam de forma ilegal. Houve um desabamento de rochas que acabou soterrando todos.
As operações de resgate foram concluídas ontem (11), depois de várias tentativas. Especialistas disseram que as dificuldades aumentaram devido à instabilidade do terreno e aos desabamentos de rochas e terra na região.
Os especialistas em resgate prepararam uma espécie de elevador de madeira, que foi inserido no fosso aberto para a retirada dos trabalhadores. Por meio desse elevador, os mineiros foram transportados até a superfície.
Segundo a direção regional do Instituto Nacional de Defesa (Indeci) de Ica, região onde está a mina, na relação dos trabalhadores soterrados estão Javier López Tapia e Roger López Tapia (pai e filho), Felix Aguilar Cucho, Jesús Jacatinta Rayme, Carlos Galindo Huamaní, Edwin Bellido Huaita Sarmiento e Júlio César.
Em agosto de 2010, o resgate bem-sucedido de 33 trabalhadores, em uma mina no Norte do Chile, chamou a atenção do mundo. Depois de mais de 70 dias soterrados, os trabalhadores foram resgatados com vida devido à ajuda de especialistas da Nasa, a agência espacial norte-americana, do México e da Argentina, além de chilenos.