As autoridades do Irã e do chamado grupo P5+1 (Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia, China e Alemanha) voltarão a se reunir no próximo mês, em Moscou, na Rússia, na tentativa de buscar uma solução para o impasse que cerca o programa nuclear iraniano. A retomada das negociações começou na semana passada, na Turquia.
O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Irã, Ramin Mehmanparast, disse que a base das negociações, por parte dos iranianos, é o Tratado de Não Proliferação (TNP). A declaração é uma indicação de que o Irã nega fins não pacíficos nas pesquisas desenvolvidas no seu programa nuclear.
Segundo o porta-voz, o Irã “jamais quis militarizar” seu programa nuclear, que visa ao enriquecimento de urânio para fins civis. O aiatolá Ahmad Khatami, um dos líderes religiosos do Irã, disse ainda que o país não vai abdicar o que julga ser seu direito de desenvolver o programa nuclear.
Nos últimos anos, o Irã tem sido alvo de uma série de sanções impostas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas e unilateralmente por vários países – Estados Unidos, Canadá, Reino Unido e Japão – por desconfianças sobre seu programa nuclear. As sanções são econômicas, financeiras, comerciais e bancárias, principalmente.