Pouco depois de desembarcar hoje (28), em Damasco, o emissário da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Liga Árabe para a Síria, Kofi Annan, disse considerar o massacre de 108 pessoas, em Houla, no centro do país, algo “terrível”. Annan acrescentou ainda estar “chocado” com as informações de que as pessoas foram mortas à queima roupa, inclusive crianças. Ele pede que as autoridades sírias tomem providências imediatas para acabar com a onda de violência no país.
“Nessa crise, eu estou pessoalmente chocado e horrorizado com o trágico incidente em Houla”, disse Annan. “É um crime terrível como o Conselho de Segurança condenou”, acrescentou, referindo-se à decisão do órgão da ONU que condenou a ação do governo sírio em Houla.
Para Annan, quem está por trás do massacre em Houla deve ser “responsabilizado”. Ele lembrou que os conflitos na Síria vão completar 15 meses e as principais vítimas são civis. Annan pediu ao governo sírio para tomar “medidas corajosas” e resolver de forma pacífica os confrontos.
“Todos os envolvidos [devem] ajudar a criar o contexto certo para um processo político credível”, disse Annan, que pretende se reunir amanhã com o presidente da Síria, Bashar Al Assad, alvo dos protestos dos manifestantes, que pedem sua renúncia. “[O plano de cessar-fogo] deve ser amplamente implementado”, reiterou.