A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) prepara para hoje (12) a divulgação de um relatório sobre a produção. No dia 14, há uma reunião, em Viena, na Áustria, para decidir se a organização mantém a cota de produção em 30 milhões de barris por dia.
A queda, de mais de 20% do preço do barril nos últimos dois meses, preocupa a entidade. Só ontem (11), o preço fechou estável em US$ 99,37. Os impactos da crise econômica internacional sobre os países da zona euro e o desaquecimento da economia, principalmente na China e nos Estados Unidos, diminuíram a demanda de petróleo mundial nos últimos meses.
Os governos dos países do Golfo Pérsico (Omã, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Catar, Bahrein, Kuwait, Iraque e Irã), grandes exportadores de petróleo, estão preocupados com a queda no preço do barril. O objetivo deles é manter o valor em torno de US$ 100.
Porém, apesar das dificuldades, os países produtores de petróleo descartam diminuir a produção. Em julho, os europeus põem em prática o embargo ao petróleo iraniano. Os países do Golfo Pérsico estão em alerta à espera dos resultados das eleições na Grécia, no dia 17, com a possibilidade de o país deixar a zona euro.
O presidente da Opep no Irã, Mohammad Ali Khatibi, disse que a Arábia Saudita, o Kuwait e os Emirados Árabes aumentaram suas produções, violando as normas da organização. Em dezembro, a entidade estipulou que os 12 países membros devem produzir 30 milhões de barris por dia. Mas não determinou cotas. A estimativa é que no total sejam produzidos 2 milhões a mais de barris por dia.
O ministro do Petróleo do Iraque, Abdul Kareem Al Luaibi, acrescentou que há uma enorme oferta do produto no mercado, o que confirma um desrespeito às normas da Opep. No começo do ano, o presidente norte-americano, Barack Obama, pediu à Arábia Saudita para aumentar sua produção de petróleo e conter a alta do preço do barril que chegou a US$ 128, em março.