O governo do presidente da Bolívia, Evo Morales, apresenta hoje (17) um relatório denominado Monitoramento Coca 2011 na Bolívia. De acordo com as autoridades, o objetivo do documento é mostrar a quantidade e os locais autorizados para a plantação da erva. Também há informações sobre os preços e uma série de detalhes relativos à produção da folha de coca.
Em nota, o Ministério das Relações Exteriores da Bolívia informa que o governo boliviano atua em parceria com o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (Unodc). De acordo com o ministério, o cultivo da folha de coca será submetido a um monitoramento por meio do uso da tecnologia. A nota pode ser lida integralmente no site do ministério.
“[A parceria com as Nações Unidas tem os objetivos] de promover e contribuir para a segurança e justiça, protegendo o mundo do crime organizado transnacional, drogas e terrorismo.Neste sentido, o órgão [da ONU] fornece a cooperação do governo boliviano nessas áreas e nas áreas de justiça integral e criminal”, diz o texto do ministério.
Segundo informações do governo boliviano, desde 2003, há uma série de ações realizadas em parceria entre as entidades do país e as Nações Unidas. As ações envolvem os Ministério da Defesa Social e Substâncias Controladas, do Vice-Ministério da Coca e Desenvolvimento Integral.
No ano passado, Morales defendeu o incentivo ao plantio legal de coca no país como meio de evitar o crescimento das culturas ilícitas. Na ocasião, Morales disse que pelas leis bolivianas a erva deve ser plantada em um espaço máximo de 1.600 metros quadrados e que os desrespeitos seriam punidos.
Em 2011, foram registradas várias manifestações em todo o país, lideradas por organizações de defesa do plantio legal de coca, para a legalização do cultivo da erva.
Na Bolívia, os povos indígenas por questões culturais têm o hábito de mastigar a folha da coca. Segundo eles, é uma maneira de manter o equilíbrio do organismo e sentir menos os efeitos da altitude.