A vontade da família Leal era passar as férias na Disney, nos Estados Unidos. O sonho conseguiu ser realizado este ano, quando Arão e Tânia Leal levaram as duas filhas, Bárbara e Tâmara, para Orlando. No entanto, a viagem virou um pesadelo quando Bárbara perdeu a bolsa com documentos, câmera fotográfica e celular. Por sorte, uma boa ação conseguiu trazer os pertences de volta: uma viajante do Rio de Janeiro encontrou e devolveu tudo.
A perda aconteceu no último dia da viagem. “Todo mundo foi num brinquedo e eu e minha irmã deixamos para ir depois. Como todo mundo já estava na fila, deixamos a bolsa no carrinho onde estavam todas as bolsas e fomos. Quando voltamos eu nem percebi, mas quando chegou à noite, fui procurar a bolsa e não achei”, conta a estudante Bárbara Leal. Durante 25 dias, ela achou que não fosse ter as coisas de volta, até que a enfermeira Gilmara Cordeiro, que mora em Campos dos Goytacazes, no Norte do Rio de Janeiro, apareceu. Ela também estava visitando o parque no mesmo período que a família, encontrou tudo e trouxe para o Brasil, mesmo sem saber de quem era.
Através das redes sociais, Gilmara compartilhou fotos e tentou localizar os donos da bolsa e das fotografias em Orlando. Pouco mais de uma hora depois da postagem, muitas pessoas haviam compartilhado a situação. Quem viu primeiro foi Tâmara, a irmã de Bárbara. “Eu disse para ela: ‘A gente achou a bolsa, achou a bolsa!’ Ela dizia ‘Ai, minha bolsa, minha bolsa!’”, conta Tâmara. Por conversa na internet, as duas combinaram o envio por correio. “Quando eu soube que podia ter a bolsa de novo, fiquei louca”, diz Bárbara.
“Eu fiquei muito feliz de estar proporcionando isso a ela e à família dela. Tenho que devolver, não é meu”, declara a enfermeira Gilmara Cordeiro. “Agora estou tranquila e aliviada, fiz o que devia”, afirma. A família deu a Gilmara a câmera fotográfica de presente e a gratidão de todos. “Achei uma atitude maravilhosa, que ela continua sendo uma pessoa digna de honestidade como ela foi”, disse comerciante e mãe de Bárbara, Tânia Leal. Os outros objetos foram enviados por correio para Caruaru.
“No dia que estava marcado pra chegar, ela não conseguia fazer nada, não conseguia estudar de manhã. Estava aqui em casa, quando ouviu o barulho do portão abrindo lá embaixo, na guarita. Ela gritou que era correio e quando chegou realmente, gritou tão desesperadamente que a cidade inteira ouviu”, conta o comerciante Arão Leal, pai de Bárbara. “A gente só tem a agradecer a ela e esperar que outras pessoas tomem como exemplo”, conclui o pai.