A emissora de TV britânica Sky News foi forçada a pedir desculpas após um de seus jornalistas, Colin Brazier, aparecer ao vivo mexendo em itens das bagagens das vítimas do voo MH17 da Malaysian Airlines, que caiu no leste da Ucrânia matando 298 pessoas na última quinta-feira (17), segundo o jornal britânico “Daily Mail”.
O repórter fazia uma reportagem ao vivo para a emissora quando começou a tocar alguns itens em uma mala que estava aberta no chão, incluindo chaves e uma escova de dentes. No meio da reportagem, ele chega a dizer: “Nós não deveríamos estar fazendo isso, eu suponho”.
O caso gerou uma enxurrada de críticas contra a emissora, principalmente nas mídias sociais.
A Sky News não informou se tomará medidas disciplinares contra o repórter veterano. “Durante uma apresentação no local da queda, Colin Brazier refletiu sobre a tragédia humana e mostrou ao público o conteúdo da mala de uma das vítimas. Colin imediatamente reconheceu que isso era inapropriado e disse isso no ar”, diz um comunicado da emissora. “Colin e a Sky News se desculpam profundamente por qualquer ofensa causada.”
Mais tarde, o repórter também falou sobre o ocorrido. “Eu estava andando, encontrando partes de corpos a todos momento. Homens, mulheres, crianças, muitos indeterminados. Muitas vezes, você está olhando para corpos carbonizados, é tudo o que resta. É uma situação verdadeiramente macabra, horrível. Há um grau de anarquia e falta de leis.”
O voo MH17 da Malaysia Airlines levava 298 pessoas a bordo quando caiu no leste da Ucrânia. Segundo os Estados Unidos, o avião foi abatido por um míssil disparado de uma região controlada por rebeldes separatistas pró-Rússia.