Morreu hoje (8), em Dallas, no estado do Texas, o liberiano Thomas Duncan, a primeira pessoa diagnosticada com ebola nos Estados Unidos. Ele estava hospitalizado desde 26 de setembro. Segundo o hospital, Thomas morreu de manhã. O governo americano investiga se houve imprudência no primeiro atendimento hospitalar. Antes da internação, ele chegou a ser atendido, mas foi liberado, porque o funcionário do hospital não teria reportado ao médico, como indicava o protocolo, que ele era um viajante do Oeste africano.
Quando retornou ao hospital, já apresentava sintomas mais graves e teve a confirmação do diagnóstico de ebola. Duncan chegou aos Estados Unidos em 26 de setembro, para visitar familiares. Os órgãos de saúde norte-americanos mantêm entre 30 e 50 pessoas em observação, por suposto contato com o liberiano.
Inicialmente, o governo norte-americano não havia identificado o paciente liberiano, mas a imprensa americana conseguiu contato com familiares e o governo acabou confirmando a identidade de Thomas.
As TVs e jornais dos Estados Unidos veicularam entrevistas e reportagens sobre erros cometidos no primeiro atendimento hospitalar. Algumas matérias informavam que o liberiano teria negado contato com pessoas doentes na Libéria.
Os casos de Thomas e da auxiliar de enfermagem da Espanha obrigaram os Estados Unidos a reavaliarem protocolos para prevenção. A informação é que o governo começará a aferir a temperatura de viajantes em aeroportos a partir do próximo fim de semana.
Ontem (7), o diretor do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), Tom Frieden, afirmou que, em breve, serão adotadas ações para aumentar a segurança dos americanos com relação ao ebola.